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Modelo de Negócios de Gateway de Pagamento – Guia Completo de 2024

Mar 15, 2024
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Não é segredo que o setor de e-commerce está crescendo de forma incrivelmente rápida nos dias de hoje. De acordo com o valor estimado das vendas no varejo global a partir de 2021, espera-se que o comércio eletrônico alcance 8,5 trilhões de dólares em escala global até 2025. Um crescimento de mercado tão grande implica em uma demanda por infraestrutura de software que possibilite uma eficiente aceitação de pagamentos nos sites.

Um Gateway de Pagamento ou um Agregador de Pagamento é uma parte fundamental da infraestrutura nesse processo que proporciona a transferência de dados sensíveis do cliente para o banco adquirente. O gateway está conectado a uma API dentro da empresa de e-commerce ou de aceitação de pagamentos. O agregador cobra uma Taxa de Desconto do Comerciante (MDR) em cada transação que passa por ele. Neste artigo, apresentamos um guia completo sobre a infraestrutura de um gateway de pagamento e seu modelo de negócio.

Gateway de pagamento: o básico

Um agregador de pagamento é uma empresa de infraestrutura que fornece software no modelo de distribuição SaaS (Software como Serviço). Simplificando, o agregador é uma ponte entre o cliente e o comerciante. Sua função consiste em transferir dados entre os principais envolvidos no processamento de transações: o cliente, o comerciante, o banco adquirente, o banco emissor e a rede de cartões.

Outro ponto importante é que a transferência de informações tão sensíveis deve ser impecável e segura. Garantir a rapidez e a segurança nesse processo é uma das principais tarefas do agregador de pagamentos. Após minuciosa verificação das informações do cartão em termos de segurança, o gateway autoriza a transação de pagamento.

O funcionamento do agregador de pagamentos procede da seguinte forma: uma pessoa faz o pedido e insere seus detalhes de pagamento diretamente no site do comerciante, se ele for certificado pelo PCI DSS, ou na página do agregador de pagamentos. Em seguida, o agregador recebe esses dados , os criptografa para proteger informações sensíveis e os transfere para o banco adquirente. Posteriormente, as informações são encaminhadas para o emissor do cartão, seguido pelo banco emissor, que aprova ou recusa a transação, e finalmente, a mensagem com a aprovação ou rejeição retorna ao site.

Como os gateways de pagamento ganham dinheiro

De maneira simplificada, um gateway de pagamento obtém receita de cada transação ao aplicar uma porcentagem e/ou taxa fixa que é chamada de Taxa de Desconto do Comerciante (MDR). No entanto, esse processo é muito mais complexo do que isso. Para entender exatamente o que é uma MDR, você precisa ter o conhecimento do modelo de negócio das Redes de Cartões, já que desempenham um papel central nos pagamentos online.

Normalmente, quando falamos sobre Redes de Cartões de Crédito ou Emissoras de Cartões, estamos nos referindo à Visa ou Mastercard. Você já parou para se perguntar como essas empresas lucram com suas transações? A maioria dos cartões de crédito e débito em todo o mundo são emitidos pelos Bancos Participantes da Rede da Visa ou Mastercard. Para usufruir dos benefícios, como no caso da Visa, o banco emissor deve quitar a Taxa de Participação na Rede, que é fixa e paga apenas uma vez. Além disso, o banco também paga à rede de cartões uma taxa por cada transação realizada.

Os agregadores de pagamento ganham dinheiro de maneira semelhante. Vamos considerar um exemplo, para aceitar pagamentos online, um comerciante de e-commerce precisa de provedores de pagamento. Os serviços que possibilitam isso são o banco adquirente, o emissor, a rede de cartões, o processador de pagamento e o gateway de pagamento. Cada um desses prestadores aplica uma taxa fixa de $1 por transação, e o total dessas taxas é conhecido como MDR (Taxa de Desconto do Comerciante).

Cálculo da Taxa de Desconto da Transação

Em média, o comerciante é tarifado com 1% a 3% de MDR por cada transação processada. MDR é a quantidade geral de taxas que um comerciante paga pelo processamento da transação. Supondo que o valor total de MDR que um comerciante deve pagar é de 1,0%, como dividimos isso? É assim:

  • 0,35% da taxa para a rede de cartões;
  • 0,35% da taxa para o banco adquirente.
  • 0,20% da taxa para o provedor de serviço de gateway de pagamento;
  • 0,10% da taxa para a plataforma de orquestração de pagamento;

Por exemplo, um cliente faz uma compra de R$ 1.000 na loja online com um cartão de crédito Visa. Deste valor, o comerciante pagará R$ 3,50 à rede de cartões, R$ 2 ao gateway de pagamento, R$ 1 à plataforma de orquestração de pagamento e R$ 3,50 ao banco adquirente. Assim, o comerciante recebe R$ 990 dos mil pagos pelo cliente.

Modelo de Negócio do Gateway de Pagamento

Os gateways de pagamento obtêm a maior parte de sua receita através da MDR, mas o valor da cobrança varia de acordo com o método de transação escolhido. Durante o processo de pagamento, o cliente opta pela sua forma preferida de pagar pela compra. A cobrança da MDR varia dependendo da opção escolhida pelo cliente em usar um cartão de crédito ou débito, uma carteira eletrônica, Internet banking ou uma carteira pré-paga.

Também existe uma diferença entre o modelo de negócio escolhido pelo agregador. Para empresas que realizam grandes volumes de transações, o gateway de pagamento pode cobrar uma taxa fixa por mês além da MDR (embora a MDR seja menor neste caso). Se o agregador tem um modelo de negócio sem taxa fixa, o valor de cobrança da MDR é maior.

Além disso, transações internacionais que envolvem múltiplas moedas estão sujeitas a uma taxa extra. Se o comerciante aceita o pagamento do cliente na mesma moeda que ele recebe, não há cobrança adicional, mas caso a moeda em que o cliente paga seja diferente da recebida pelo comerciante, uma taxa de conversão adicional será aplicada. Normalmente, essa taxa gira em torno de 1%.

Essa taxa é determinada pelo país em que o banco adquirente está localizado e pelo país do cliente. Se o cliente e o banco estão localizados no mesmo país, a taxa é menor. Se seus países são diferentes, mas estão localizados na mesma região (Europa, por exemplo), a taxa é maior. E, se o cliente e o adquirente estão localizados em continentes diferentes, então a taxa será muito mais alta.

A taxa de configuração é mais uma fonte de receita para o gateway de pagamento. É uma taxa que o comerciante paga apenas uma vez para configurar sua conta. Todos os custos associados à configuração da conta estão incluídos nessa taxa. No entanto, nem todos os gateways de pagamento cobram dos comerciantes uma configuração, alguns agregadores a dispensam.

Outro serviço pelo qual um comerciante é cobrado é a manutenção e o suporte do gateway. O agregador cobra uma taxa anual para cobrir os custos operacionais e os gastos necessários para manter o software, a segurança e a tecnologia de pagamentos. No entanto, é importante ressaltar que a cobrança da taxa de manutenção fica a critério dos provedores de gateway.

Por fim, pode haver uma cobrança adicional por serviços como o InstaPay ou Pagamento com Um Clique. Ao escolher essa opção, o cliente recebe um link para pagamento em um e-mail ou número de telefone em tempo real. Clicando no link ou escaneando um QR code, o cliente paga pela compra sem inserir seus dados de pagamento.

Conclusão

Atualmente, é imprescindível que os comerciantes aceitem pagamentos nos sites por meio dos gateways de pagamento. O modelo de negócio desses gateways é baseado na porcentagem e/ou taxa fixa que o comerciante paga por cada transação. O valor da cobrança varia de acordo com o método de transação utilizado. Portanto, negócios que têm um fluxo de transação contínuo geram lucros constantes para o gateway de pagamento. Além disso, os provedores de gateway de pagamento geram lucro com taxas de configuração, manutenção, e cobranças extras por transações internacionais e InstaPay/transações com Um Clique.

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